Um Vislumbre do Futuro
Imagine só uma biblioteca infinita, os livros flutuam até os leitores e das mesas até as estantes, um bibliotecário robótico comanda suas operações sem sair de sua mesa. Essa visão futurista, nos leva a refletir sobre o futuro da biblioteconomia, das bibliotecas, dos livros e dos Profissionais da Informação.
Discussões Passadas e Realidades Presentes
Nas últimas décadas, muito se discutiu sobre o fim do livro impresso e o desaparecimento do papel nas organizações. Na era digital, especulava-se que as novas tecnologias tornariam esses suportes completamente obsoletos. No entanto, a realidade que temos observado é bastante diferente.
Um exemplo notável é a Amazon, uma empresa que iniciou suas operações vendendo livros online. Esse modelo de negócio, que muitos acreditavam ser uma sentença de morte, na verdade, impulsionou o mercado editorial. A Amazon se tornou uma gigante global, demonstrando que a demanda por livros impressos permanece robusta, ainda que a forma de adquiri-los tenha evoluído.
Além disso, o uso de papel nas empresas não diminuiu conforme se previa. Pelo contrário, algumas organizações acumulam um volume imenso de documentos. Um exemplo é a IBM, que possui um vasto arquivo de documentos impressos, gerados ao longo de décadas de operação, e que ainda são necessários para consultas e registros históricos.
Esse paradoxo evidencia que, apesar das expectativas, o papel e os documentos físicos ainda estão presentes em nossa realidade. As organizações têm sido desafiadas a se reinventar na forma de lidar com os documentos e incorporar a transformação digital, uma evolução crucial para muitas áreas.
Reflexão sobre o Futuro do Bibliotecário
O papel do bibliotecário, enquanto Profissional da Informação, também está em constante evolução. As tecnologias estão avançando, muitas das funções tradicionais dos bibliotecários são automatizadas por algoritmos, máquinas e sistemas inteligentes. Atividades como classificação e indexação, ganham mais velocidade e eficiência com o uso dessas novas tecnologias.
Contudo, a essência dessa profissão – a habilidade de curadoria, o conhecimento profundo sobre a organização da informação e a capacidade de conectar pessoas com o conhecimento de maneira eficiente e personalizada – são qualidades que dificilmente serão superadas por uma máquina, por mais eficiente que ela seja.
A necessidade de adaptação é imperativa. Os bibliotecários não podem só esperar pelo futuro, precisão integrar habilidades tecnológicas com seu profundo entendimento da gestão da informação. Eles devem se posicionar como facilitadores do conhecimento, utilizando ferramentas e técnicas avançadas a seu favor, mas mantendo sempre o foco no humano.
Reflexão Final
Ao refletirmos sobre o futuro da biblioteconomia, vemos que este futuro já chegou. Reconhecemos que, embora a tecnologia transforme as ferramentas e os processos de trabalho, a essência humana de conectar, entender e facilitar o acesso ao conhecimento continuará sendo insubstituível. No entanto, adaptar-se a essas grandes mudanças e desenvolver novas competências tecnológicas é crucial para o que Profissional da Informação não se torne obsoleto e substituível pelas máquinas.
Quais foram as novas habilidades tecnológicas que você adquiriu e desenvolveu nos últimos tempos?
Deixe seus comentários e vamos esquentar nossas discussões para continuarmos evoluindo em nossa profissão!